Carinhosamente chamado de “Prog”, “psyprog” ou “Prog-trance”, o Progressive Psy-trance é uma variação do Psytrance, geralmente com BPMs bem mais baixos, entre 130-140, e com um poder incrível de suscitar emoções e sentimentos ao espectador!Na verdade, o termo Prog-Trance é equivocado quando se refere ao Progressive-Psytrance. “Prog-Trance” remete ao trance uplifing europeu. Mas é sempre uma imensa confusão com os gêneros musicais. Então, chamamos o Prog-Psytrance de Prog-Trance e vamos continuar chamando assim. =P

Não tem conversa! O Progressivo é o gênero mais sexy, introspectivo e sentimental da música eletrônica psicodélica! Na maioria das vezes, o prog é tocado durante a tarde em um festival de psytrance, momento em que a pista de dança fica absolutamente linda, com as pessoas concentradas em sua própria dança, menos eufóricas, mais meditativas, exibindo uma sensualidade sutil. Em um festival, tudo isso ocorre devido à própria construção da música.Em publicações oficiais, praticamente não existem relatos sobre o seu surgimento, mas os (prováveis) primeiros artistas responsáveis por disseminar o “prog” pelo mundo surgiram nos países escandinavos.

Esses expoentes do Prog-Trance surgiram entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando o Goa-Trance já estava em declínio. O projeto suíço Beat Bizarre, em 1999, lançou um vinil com o que seria um dos primeiros prog-trances já lançados. Este acontecimento, segundo os próprios artistas, quebrou o paradigma da música eletrônica psicodélica da época, introduzindo um novo conceito e, consequentemente, um novo movimento.

Um dos primeiros prog-trances que ganhou destaque na cena mundial foi lançado pelo artista ATMOS em 1998 e se chama Klein aber Doctor:

Entre 2000 e 2005 o Prog-Trance cresceu vertiginosamente e ganhou espaço em todo e qualquer festival de trance do planeta. Dentre os principais artistas responsáveis pela disseminação e democratização do Prog-Trance, podemos citar:

Emok (Dinamarca – dono da Iboga Records)

Son Kite (Suécia)

Beat Bizarre (Suíça)

Atmos (Suécia)

Phony Orphants (Dinamarca)

Frogacult (Dinamarca)

Freq (Austrália)

Antix (Austrália)

Dentre outros…

Pode-se dizer que esses foram alguns dos precursores e disseminadores do bom e velho Prog-Trance. Gratidão a esses caras! O que seria da nossa vida sem o prog?

É notável o papel dos países do norte da Europa nesse processo.

De 2005 em diante, uma nova geração de artistas levaram o prog para outro nível, flertando cada vez mais com o psytrance, porém mantendo o BPM mais baixo.

Podemos citar Ticon, Liquid Soul, Ace Ventura, Sun Control Species, Perfect Stranger, o pessoal da Sérvia, como Zyce, Flegma, Nerso, E-Clip e muitos outros. Na música eletrônica, tudo evoluir muito rapidamente. No progressivo, não é diferente.

Em 2010, mais ou menos, o Prog alemão ganhou a cena. Artistas como Neelix e Day Din (não que eles tenham surgido essa época) emplacaram o “Prog Off-beat”.

Foi uma grande metamorfose do progressivo.  As melodias e synths hipnóticos passaram a dar lugar a uma construção mais simples em que se valorizava o kick e o baixo. Aquele baixo sicopado clássico do prog-trance foi dando lugar ao baixo de uma nota. Uma enxurrada de outros artistas passaram a copiar as mesmas fórmulas, over and over again…  Enfim, alguns anos depois, esse tipo de prog foi sendo substituída por uma nova tendência, menos introspectiva, menos psicodélica, menos deep…

O foco agora é na linha de baixo. O baixo ganhou tanto destaque que quase não sobra espaço pra mais nenhum elemento na música. O foco é criar um baixo extremamente potente, agressivo e com grooves muitas vezes imprevisíveis, mudanças de ritmo e muito, muito triplet.  Chegou a vez de Israel mostrar sua glória novamente. Vini-Vici, Major7, Talpa, Captain Hook, Freedom Fighters, são algumas das estrelas que estão encabeçando line ups nos maiores festivais do mundo.

É claro que, paralelo a tudo isso, existem sub-gêneros mais undergrounds de progressive psytrance, que não necessariamente seguem as mesmas tendências.

O prog-dark/zenonesque/ é um exemplo, mas que é assunto para um outro artigo. A austrália é um grande berço de talentos do progressivo (que eles chamam de Bush-Prog, que segue as próprias tendências) e do prog-dark.

Não poderíamos deixar de falar sobre os produtores brasileiros de progressivo. Por aqui, há uma diversidade enorme de estilos. O Spectro Senses é um projeto muito antenado nas tendências mundiais e tem tracks lançadas pelas maiores labels do gênero, como a Iono.

Outros projetos que valem a pena conhecer incluem: Soulearth, Abstract Sunrise, Analog Drink, Misticin, Kadum, ProAgressivo, 2Komplex, Auraloop, Gota e Sakyamuni.

Conclusão

Não sabemos qual será a próxima tendência do progressivo. Mas existe uma raiz que une todas as subvertentes. Quando você assimila essa essência, você será capaz de produzir qualquer tipo de progressivo. Se você se interessa por esse assunto e deseja se tornar um dos expoentes do progressivo nacional, sugiro que conheça a formação PME-ACADEMY.

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eduardojuliato

Eduardo Juliato se apaixonou pela música eletrônica em 2004, quando começou a frequentar as primeiras raves. Em 2005 começou a sua carreira como DJ e em 2009 como produtor. Em 2014 fundou a PME-Experts, uma escola online de produção de música eletrônica que hoje possui mais de 10 cursos e já ultrapassou os 2700 alunos. Seus conteúdos impactam semanalmente cerca de 30 mil pessoas nas redes sociais. Com seu projeto Sakyamuni, focado em Progressive Psytrance, tem lançado em importantes selos internacionais, como a Zenon Records, Soulectro e Weapon e tem se apresentado em todo o Brasil e em outros países como Peru, Bolívia e República Tcheca.

2 comentários

Lucas Voltolini · 18/07/2017 às 4:58 pm

pra quem gosta do Progressive original, escutem Ritmo, Future Frequency, Lifeforms, Sideforms, Day Din, Talpa, Zyce…dentre outros….e só pra lembrar, prog offbeat á uma bosta, só o original salva, de resto dale fullon

    TropicallSavanah · 17/09/2019 às 6:12 pm

    Musica está para todos, todos os gostos
    o artigo acima cita Day Din como offBeat,qe por sinal é foda, n gosta da parada n escuta
    basta respeitar , rumo a evolução!!!!

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