Você quer produzir boas músicas, desenvolver a sua identidade única, ser reconhecido pela sua arte. Muitos produtores são convictos que, para isso, é necessário criar cada timbre do zero! Outros, produzem com samples, loops e presets e são felizes assim.
É errado utilizar presets?
Se você não domina os processos de síntese sonora e sound-design, é muito provável que você utilize presets em suas músicas. Afinal, eles são configurações prontas, criadas por especialistas e que são vendidos no mercado para que qualquer produtor os utilize sem moderação.
O fato é que existem produtores tendo sucesso e resultado de ambos os lados. Existem inúmeros argumentos para defender ou demonizar a utilização de presets. Poderíamos criar aqui uma discussão eterna sobre o tema. Mas, não é o nosso objetivo!
O papel do sound-design na composição da sua IDENTIDADE ARTÍSTICA.
Os produtores mais “puristas”, ou seja, aqueles que acreditam que cada elemento de suas tracks precisa ser criado do zero atribuem 100% da identidade artística de um produtor à sua habilidade de sound-design.
Isso é muito comum em produtores de minimal-techno, por exemplo. Afinal, são músicas que possuem poucos elementos e a qualidade dos timbres possuem uma relevância muito alta.
Por outro lado, produtores de outras vertentes, como house e trance, se utilizam de samples, loops e presets, pois atribuem a identidade artística a outros fatores que transcendem a síntese sonora.
Independente do gênero que você produz, é importante que você conheça os 4 principais elementos que compõem a identidade sonora de um artista e, então, você poderá decidir em quais deles você deseja se focar.
Os 4 elementos fundamentais da identidade sonora
A sua identidade sonora é construída a partir de 4 pilares principais.
1 – Timbres (sound-design)
Como já mencionado, existem gêneros da música eletrônica que atribuem grande parte da sua assinatura sonora aos timbres.
Nesses casos, é importante dominar os processos de sound-design.
2 – Ritmos
Quando se fala em ritmos, existe um universo de possibilidades, mas a maneira como você os cria configura a sua assinatura sonora.
Existem produtores que preferem trabalhar com loops prontos e acabam de tornando especialistas em esculpi-los e transforma-los para que se tornem ideais aos contextos desejados.
Outros, preferem criar tudo do zero, utilizando somente samples (one-shot) ou criando cada elemento através da síntese sonora.
3 – Harmonias
As harmonias conferem uma qualidade única para cada produção. Uma progressão de acordes tem o poder de mudar completamente o humor e o sentimento de uma track.
Muitos produtores preferem começar a composição pela harmonia, valorizando mais a progressão de acordes do que o timbre. Dependendo do workflow do produtor, ele cria tudo com um VST que emula um piano e somente na etapa de arranjo vai escolher o timbre.
4 – Melodias
Os mesmos conceitos das harmonias se aplicam às melodias.
Qual é o seu estilo?
Independente do seu workflow ou do que você considera mais importante para compor a sua assinatura sonora, é imprescindível que você tenha uma!
Um artista sem assinatura sonora, por mais talentoso que seja, passa despercebido no meio da multidão.
Conclusão
Não existe certo e errado na produção.
É certo utilizar samples, loops e presets e é certo criar tudo do zero. O que importa é resultado final e a sua assinatura sonora.
Entretanto, quando você domina as técnicas de sound-design, a qualidade das suas músicas vai para outro nível.
Se você quer se tornar um sound-designer profissional, recomendo o PME-CLUB. Lá temos diversos cursos de sound-design e sobre vários VSTs diferentes.
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