Você já deve ter reparado na quantidade de adjetivos e jargões que permeiam o dia-a-dia dos produtores de música eletrônica.

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Basta abrir um tutorial ou conversar com outro produtor sobre uma determinada música e você já vai se deparar com termos como  tight, punchy, warm, muddy, coloured, dentre muitos outros.

Infelizmente, no mundo da produção de música eletrônica, quase nada é traduzido para o português em nosso país, ao contrário do que acontece em Portugal, por exemplo. Sendo assim, a única alternativa é parar de fugir do inglês e encarar esse monstro de uma vez por todas.

 

Precisamos nos adequar à linguagem da produção!

Nesse artigo, vamos explicar os principais adjetivos utilizados na música eletrônica, mesmo sendo alguns destes extremamente subjetivos e variáveis de pessoa para pessoa. Mas, tenho certeza que esses conceitos vão clarear muitas coisas em sua mente e, depois deste artigo, você já vai poder descrever diversas características sonoras das músicas eletrônicas.

 

Preparado?

 

Glossário de adjetivos e jargões na música eletrônica

 

Airy (Arejado) – São timbres que soam como eles estivessem rodeados por um grande espaço reflexivo cheio de ar. São dotados de boa reprodução de reflexões de alta frequência. A resposta a altas frequências estende-se a 15 ou 20 kHz .

Ambience (Ambiência) – Este termo refere-se à noção de um determinado espaço, como por exemplo, uma sala de gravação.

Articulate (Nítido, definido) – Clareza/ definição de um timbre e da interação entre dois ou mais timbres.

Bassy – Refere-se à ênfase no baixo.

Blurred (Desfocado) – Resposta pobre dos transientes. Ausência de definição.

Body (Corpo) – Refere-se ao médio-grave.

Boomy – Excesso de baixo em torno de 125 Hz. Presença de ressonâncias de baixa frequência.

Boxy – Presença de ressonâncias que causam a percepção de que a música está dentro de uma caixa. Muitas vezes, essas ressonâncias estão entre 250 a 500 Hz.

Bright (brilhante) – Ênfase nos médio-agudos. Presença de harmônicos evidentes em relação à fundamental.

Coloured (colorido) – Presença de timbres não comuns na vida real.

Crispy  (crocante) – Presença de resposta de altas frequências, especialmente em pratos.

Dark (escuro) – O contrário de bright. Balanço tonal decrescente em frequências altas.

Depth (profundidade) – Senso de distância ou posicionamento dos instrumentos.

Dry (seco) – Ausência de reverberação ou delay.  Contrário de wet (molhado).

Dull – O mesmo que dark.

Edgy – Resposta excessiva de altas frequência. Os harmônicos são muito fortes em relação à fundamental. Distorcido.

Harsh – Abrasivo. Presença excessiva de médio-agudos.  Picos nas frequências entre 2 e6 kHz.

Highs – Frequências acima de  6000 Hz.

Hollow – Falta de médios.

Juicy – Som com energia e vida.

Liquid – Ausência de textura.

Muddy – Ausência de clareza, poucos harmônicos.

Punchy – Boa reprodução da dinâmica. Boa resposta de transientes com forte impacto.

Sibilant (ou Sibilance) – É aquele som de “sssshhh” em vocais. Geralmente, ocorrem entre 4Khz a 8Khz, podendo se extender até 10kHz. a sibilância é frequentemente ouvida no rádio.

Sizzly – Mais ou menos como a sibilância. Refere-se à presença de muitos agudos nos pratos.

Smooth – Macio, sutil, fácil de ouvir (o contrário de harsh).  Resposta mais flat.

Thick – Falta de articulação e clareza no baixo. .

Thin – Refere-se ao fato de a fundamental ser fraca em relação aos harmônicos.

Tight – Boa resposta e detalhes dos transientes de baixa frequência.

Warm – Refere-se à boa qualidade do baixo, frequências baixas adequadas e harmônicos adequados de acordo com as fundamentais.

Wet – Contrário de dry. Som reverberante, algo com decay.

 

Fonte: head-fi.org

 

Esses são os principais adjetivos que vemos por aí nos fóruns, cursos e tutoriais.

É necessário que você comece a entender cada vez mais essas palavras, pois elas são parte do seu dia a dia!

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Se você está sério na decisão de ser um produtor profissional, sugiro fortemente que você conheça o programa TOP PRODUTOR 2.0.

Categorias: Dicas Gerais

eduardojuliato

Eduardo Juliato se apaixonou pela música eletrônica em 2004, quando começou a frequentar as primeiras raves. Em 2005 começou a sua carreira como DJ e em 2009 como produtor. Em 2014 fundou a PME-Experts, uma escola online de produção de música eletrônica que hoje possui mais de 10 cursos e já ultrapassou os 2700 alunos. Seus conteúdos impactam semanalmente cerca de 30 mil pessoas nas redes sociais. Com seu projeto Sakyamuni, focado em Progressive Psytrance, tem lançado em importantes selos internacionais, como a Zenon Records, Soulectro e Weapon e tem se apresentado em todo o Brasil e em outros países como Peru, Bolívia e República Tcheca.

3 comentários

Vitor Nadu · 23/05/2016 às 8:17 pm

Show Eduardo!
Parabéns pela iniciativa e por todo conteúdo disponibilizado!

Lucas Rodrigues · 25/10/2016 às 11:18 am

Ganhou um aluno! Parabéns brother.. acompanho também seu canal no Youtube!

Luan Alexandre Krenkel · 02/08/2019 às 1:55 pm

Gostei muito do artigo, ajudou bastante, se possível faça um explicando, oq sao os elementos(pad, fx, synth, etc) ia ser muito interessante, obrigado

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