Nesse artigo, você irá dominar os 4 principais tipos de compressores e quando utilizar cada um deles.

A primeira coisa que você precisa entender para dominar a arte da compressão é que existem diferentes tipos de compressores e cada um possui determinadas características.

Hoje em dia existe uma infinidade de compressores gratuitos e pagos que você pode ter acesso de forma simples. E isso, no entanto, pode ser muito perigoso para a sua mix!

NOTA: Este livro gratuito irá te ensinar tudo o que você precisa para dominar os compressores na mixagem de música eletrônica.

Compressor é tudo a mesma coisa?

Quando eu comecei a produzir, em 2009, eu já utilizava o Logic. O Logic possui um compressor nativo e nele você pode escolher várias opções, como Platinum, VCA, FET e OPTO.

Eu não fazia ideia do que esses termos significavam!

Embora, a tecnologia tenha evoluído tanto, a maioria dos compressores digitais emula as tecnologias de compressores muito antigos. Estamos falando de década de 50, 60, 70…

Existem, basicamente, 4 Principais Tipos de Compressores, ou 4 tecnologias que permitiram a construção dos compressores clássicos e que são emuladas hoje em dia. Cada uma dessas tecnologias, que chamamos de “circuitos de compressão”, permite que o som seja afetado de uma maneira distinta.

E é exatamente por isso que você precisa conhecer as principais características de cada circuito para ter os melhores resultados na mixagem!

Não vamos perder tempo com os fatos históricos aqui. Particularmente, eu adoro conhecer a histórias dos compressores, mas, ao invés disso, vamos direto ao ponto!

Existem basicamente 4 tipos de circuitos de compressão:

  • Vari-MU (ou Variable Mu ou valvulador ou Tube Compressors).
  • Opticos (ou Opto)
  • VCA (Voltage Controlled Amplifier)
  • FET (Field Effect Transistor)

Já vou logo adiantando que a maioria dos compressores que você está acostumado a usar é do tipo VCA. Ex.: Os nativos do Ableton.

Vamos falar sobre cada um deles, suas principais características e quando utilizar. Preparado?

RECOMENDAÇÃO: Se você quiser dominar o uso dos compressores, recomendo que faça o download do livro gratuito Os Segredos da Compressão na Mixagem de Música Eletrônica.

VARI-MU

Se não estou enganado, os compressores valvulados foram os primeiros a surgirem na indústria da música. O mais conhecido é o Fairchild, da década de 50.

Esse compressor é usado até hoje em alguns estúdios e se tornou um item para colecionadores. Um exemplar usado (obviamente) chega a custar mais de 50 mil dólares.

Fairchild

Hoje em dia existem diversas emulações, como da UAD, Slate Digital e também da Waves (Puig Child 660 e 670).

Sempre que eu abris o Puig Child da Waves, eu pensava “Mas por que diabos alguém utiliza esse trambolho?

Os VARI-MU são compressores não muito rápidos e que tem como característica colorir o som. Em outras palavras, eles criam harmônicos. Uma espécie de saturação sutil. Esse é o charme do equipamento, que os plugins tentam emular hoje em dia.

Outro ponto importante é que eles não possuem Ratio. A intensidade da compressão é controlada pelos níveis de entrada (Input) e saída (Output).

Grandes álbuns da história foram mixados com o Fairchild, como por exemplo dos Beatles.

Por serem mais lentos, você não vai querer utilizar um Vari-Mu para controlar transientes, por exemplo. Tampouco quando deseja uma compressão transparente.

Em contrapartida, ele vai muito bem em grupos e também na masterização.

Outro exemplo bem importante nessa categoria é o Manley.

Manley

Recomendação: Conheça os 10 Erros de Compressão que a Maioria dos Produtores Comete.

OPTO

Seguindo na linha do tempo, logo depois dos Vari-Mu, surgiu uma nova tecnologia: compressores ópticos.

Resumindo de forma muito resumida, é mais ou menos assim. O sinal sonoro entra no compressor. Uma luz é acessa com intensidade proporcional ao nível do sinal que foi detectada. Então, existe um detector que capta a intensidade dessa luz e atenua o sinal.

Você já deve imaginar que até acender uma luz e o detector receber essa informação para começar a agir leva um tempo, né?

Sendo assim, você já deve saber que os compressores ópticos são os mais lentos da categoria. Mas, isso não é um demérito!

O compressor mais representativo dentre os ópticos é o Teletronix LA-2A.

Esse famoso compressor já recebeu várias emulações, como por exemplo, o CLA-2A da Waves, que eu utilizo bastante!

CLA-2A

Como já dito, esses são compressores lentos e que não possuem muitos controles, somente o Gain e o Peak Reduction. O attack é lento e o release é variável. São compressores extremamente “musicais”, como os engenheiros de mixagem gostam de dizer.

Isso porque são sutis e criam uma leve textura para o som.

Esse tipo de compressor não é muito utilizado para o controle de transientes, assim como os Vari-Mu. Em contrapartida, são a escolha principal de vários engenheiros para vocais, guitarras, pads…

VCA

Os VCAs são compressores mais moderninhos. Talvez, o exemplo mais famoso seja o DBX 160 e o SSL BUSS COMPRESSOR, que foi emulado pela Cytomic e se você é usuário do Ableton, estamos falando do Glue.

DBX 160

Os VCAs são compressores, em sua maioria, rápidos e transparentes. Além disso, eles possuem controle preciso de attack e release.

Por serem rápidos, são muito versáteis, podendo ser utilizados para qualquer finalidade, desde controle de transientes, compressão em grupo, compressão paralela etc…

É como se fossem o canivete suíço da compressão!

FET

Por fim, temos o FET.

A tecnologia com compressor FET permite que ele seja ultra-rápido. Além disso, eles promovem uma coloração peculiar no áudio. São compressores agressivos e com personalidade.

Talvez, o mais famoso dessa categoria seja o 1176, da Universal Audio. Ao longo da história, ele recebeu várias revisões, como você pode ver abaixo.

Este é o compressor mais utilizado na mixagem dos maiores álbuns da história, incluindo os vocais Michael Jackson.

O 1176 possui várias emulações disponíveis, incluindo UAD (as oficiais), Slate Digital e Waves (CLA-76).

São compressores interessantes para quando você quer trabalhar os transientes, trazer punch e agressividade para determinados elementos, desde vocais até a bateria.

Não são muito utilizados na masterização.

Conclusão

Esses são os 4 Principais Tipos de Compressores que existem hoje. Entender cada um deles é essencial para que você tenha os melhores resultados na mixagem. Para cada objetivo, existe um compressor que se adequa melhor.

Se você quiser dar o próximo passo e realmente dominar os compressores, eu recomendo o curso “A ARTE DA COMPRESSÃO” que está dentro do PME-CLUB, nossa formação completa para produtores.

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Categorias: Mixagem

eduardojuliato

Eduardo Juliato se apaixonou pela música eletrônica em 2004, quando começou a frequentar as primeiras raves. Em 2005 começou a sua carreira como DJ e em 2009 como produtor. Em 2014 fundou a PME-Experts, uma escola online de produção de música eletrônica que hoje possui mais de 10 cursos e já ultrapassou os 2700 alunos. Seus conteúdos impactam semanalmente cerca de 30 mil pessoas nas redes sociais. Com seu projeto Sakyamuni, focado em Progressive Psytrance, tem lançado em importantes selos internacionais, como a Zenon Records, Soulectro e Weapon e tem se apresentado em todo o Brasil e em outros países como Peru, Bolívia e República Tcheca.

1 comentário

Jorge Divino Xavier de Souza · 31/10/2019 às 7:43 pm

excelente, muito bom e bem explanado parabens, como faço para adquirir o livro sobre compressores ?

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